Para adversários, Marçal errou ao explorar fragilidade quando faz de virilidade produto

Aliados de Nunes e Boulos consideram que ex-coach queimou a imagem junto ao seu público por deixar o debate e publicar vídeo em ambulância. O candidato do PR...

Para adversários, Marçal errou ao explorar fragilidade quando faz de virilidade produto
Para adversários, Marçal errou ao explorar fragilidade quando faz de virilidade produto (Foto: Reprodução)

Aliados de Nunes e Boulos consideram que ex-coach queimou a imagem junto ao seu público por deixar o debate e publicar vídeo em ambulância. O candidato do PRTB, Pablo Marçal, no Hospital Sírio Libanês, no Centro de SP, após tomar cadeirada de Datena em debate da TV Cultura Reprodução/Instagram Adversários de Pablo Marçal (PRTB) na eleição para prefeitura de São Paulo avaliam que o ex coach adotou estratégia errada ao, inicialmente, investir na exploração de imagem de fragilidade após episódio da cadeirada que levou de José Luiz Datena (PSDB). Pesquisa é retrato do momento – e, ao avaliar a pesquisa desta quarta, integrantes da campanha de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) disseram ao blog que Marçal desgastou sua imagem com seu próprio público, já que costuma vender a imagem de virilidade, exaltando força e que é indestrutível. Marçal vende virilidade como produto. Pessoas ligadas à campanha de Boulos consideram que a fragilidade e imagem de vítima – comparada com Bolsonaro e Trump – após a cadeirada de Datena foi rejeitada por eleitores do segmento masculino. Ele foi de 31% para 25%, embora oscilação, uma tendência de redução. Quem dá um soco em tubarão e participa de maratona, era para mostrar resiliência para o eleitor dele e ficar até o fim [do debate], avalia uma fonte ao blog. LEIA MAIS: Quaest: Datena tem 62% de rejeição; Boulos tem 46%, Marçal, 45% e Nunes 37% Datena diz não se arrepender de agressão; Marçal afirma que cadeirada 'foi só um esbarrão' Novo vídeo mostra que Datena arremessa cadeira em Marçal e ameaça pegar outra Polícia abre investigação contra Datena por lesão e injúria a Marçal Após debate, Nunes e Tabata reclamam de mensagens de WhatsApp enviadas a eles por Pablo Marçal Datena agride Pablo Marçal durante debate em São Paulo Pelo lado de Nunes, a opinião é de que o rival errou ao comparar o episódio com a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018 e com o atentado a Donald Trump, candidato nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Para além disso, um aliado do atual prefeito acredita que a disputa Nunes x Boulos ficará cada vez mais consolidada após a cadeirada. As mais recentes pesquisas Quaest e Datafolha indicam empate triplo entre Nunes, Boulos e Marçal, mas o ex-coach apresenta oscilação para baixo. Marçal pode recuperar esse público, claro, mas o efeito imediato da cadeirada nessa pesquisa Quaest batia com expectativa das campanhas adversárias – e o próprio Marçal já foi recalculando sua rota sobre o episódio, dizendo que não passou de um esbarrão. A avaliação das campanhas também bate com avaliação do próprio Marçal por estar municiado de pesquisas internas que refletem essa percepção da fragilidade x virilidade, demanda do seu eleitor. Oscilação negativa entre homens e jovens Segundo levantamento Quaest divulgado nesta quarta-feira (18), Marçal teve oscilação negativa de 6 pontos entre o eleitorado masculino. Em 11 de setembro, ele tinha 31% pontos e, agora, 25%. A variação ocorre dentro da margem de erro de 4 pontos percentuais. Outra oscilação negativa, dessa vez de 5 pontos, ocorre entre o eleitorado de 16 a 34 anos. Em 11 de setembro, Marçal tinha 31% e, em nesta segunda chegou a 26%. A margem de erro é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos. No cenário estimulado geral, a variação foi de 23% para 20%, com margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos. Neste mesmo cenário, Datena apresentou oscilação para cima, de 8% para 10%. A margem de erro geral é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-00281/2024. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre 15 e 17 de setembro. O nível de confiança é de 95%.

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